Data: 23/10/2011

Audi A1: quando o mínimo é o máximo!

Por: Licináira Barroso Fotos: Eduardo Lozzi e divulgação Audi

Avaliamos o A1 nas ruas e rodovias do Brasil e também da Alemanha! Foram pouco mais de 2.000 quilômetros rodados (a maior parte nas autobahns alemãs), em um teste drive onde o compacto da Audi provou ser um “gigante” em matéria de desempenho, estabilidade, segurança e conforto.

Nossa primeira avaliação aconteceu no Brasil, mais precisamente na montanhosa região ao redor de Belo Horizonte (MG). O A1 — um azulzinho e lindinho — equipado com o propulsor 1.4 turboalimentado de 122 cv de potência esbanjou fôlego até mesmo nas mais íngremes subidas.

Nas estradas, dava gosto passar as marchas através dos paddles shifts(localizados atrás do volante). Quarta, quinta, sexta, sétima marcha! Era preciso conter o pé no pedal do acelerador — afinal, quando não há radar, há buracos ou pisos nem um pouco propícios a altas velocidades.

Apesar de o A1 avaliado estar calçado com pneus de perfil bastante baixos (215/45 R16), as irregularidades do solo praticamente não chegaram a incomodar — pelo menos ninguém reclamou — graças ao acerto da suspensão, que mostrou-se macia todo o tempo, e sem comprometer a estabilidade.

Por falar em estabilidade, é nos trechos mais sinuosos que este pequeno Audi realmente surpreende. Mesmo abusando da velocidade nas curvas mais fechadas, ele “gruda” no chão e sequer ameaça sair de traseira ou de frente — mérito também dos controles de tração e estabilidade, além dos imprescindíveis ABS e EBD.

Com 3,95 metros de comprimento (entre-eixos de 2,47 m), por 1,74 m de largura e 1,42 m de altura –, o A1 é um 2+2 (um porta-copos divide o assento traseiro) com espaço suficiente para proporcionar conforto para dois adultos e duas crianças (ou dois adultos baixinhos). Pois é, assim como acontece na concorrência (leia-se Mini Cooper, Fiat 500 e VW Beetle), quem viaja no banco de trás não pode sofrer de claustrofobia (lembrando que as janelas não abrem e a cabeça de quem tem mais de 1,70 m de altura fica esbarrando no teto).

Mas, sinceramente, a proposta do A1 não é e nunca foi familiar. Quem compra um compacto Premium como este não pretende enchê-lo de gente. O problema é que não faltam candidatos (principalmente os amigos e familiares mais jovens) querendo dar uma voltinha…

NAS AUTOBAHNS

Ah, as autobahns da Alemanha! Verdadeiros tapetes que convidam o motorista a testar os limites do automóvel. E lá estávamos nós: eu e um A1 vermelhinho, praticamente idêntico ao que eu acabara de avaliar no Brasil. A única diferença (tirando a cor e, claro, a placa) era a transmissão, já que o modelo alemão estava equipado com câmbio manual de seis velocidades.

Saio de Ingolstadt, uma charmosíssima e aconchegante cidade alemã que abriga a fábrica e o Museu da Audi, rumo a Wolfsburg, a pouco mais de 500 quilômetros ao norte da Alemanha. Apesar de um pequeno problema técnico no comando de voz do GPS (que ficou “mudo” o tempo todo), não foi difícil seguir as indicações do navegador. A tela de 6,5 polegadas, além de colorida, é de fácil visualização.

Depois de alguns minutos de viagem, sempre respeitando os 130 km/h determinados pela rodovia, chego, finalmente, no trecho que tanto aguardava: as autobahns sem limites de velocidade! Piso com vontade no acelerador e o turbo é acionado, mas sem trancos. O carro ganha velocidade num piscar de olhos. 140, 150, 160 km/h! Passo para a pista da esquerda e continuo acelerando: 170, 180, 190 km/h.

O motorista de um automóvel à frente, que devia estar a uns 180 km/h, percebe a minha aproximação e muda de faixa, deixando a pista livre só para meu A1. Agora sim, 200, 205, o ponteiro do velocímetro estava quase no 210 km/h, quando olho para o retrovisor e — juro por tudo o que é mais sagrado — vejo um carro se aproximando muito rapidamente. Dou passagem e, poucos segundos depois, um Audi R8 passa “voando” ao meu lado.

Pouco mais de três horas e meia de estrada chego à cidade de Wolfsburg. O GPS me conduz ao hotel, onde iria tomar um belo banho e descansar. Descansar? Para falar a verdade, o que eu queria mesmo era continuar dirigindo nas autobahns…

BOM ATÉ DEBAIXO D’ÁGUA

De Wolfsburg, segui para Berlim. Mais 250 quilômetros de testes! Mais uma vez, o A1 deu um show de performance. O câmbio manual de seis velocidades, com engates precisos e macios, também proporcionou bons momentos ao volante deste autêntico Audi alemão. Resultado: poucas horas depois já havia alcançado o meu destino e, confesso, se a cidade de Berlim não fosse um ponto turístico que sonhava conhecer, eu não teria saído do carro tão cedo.

Chega o dia de me despedir do A1 alemão. Entro no carro e programo o GPS para Munique, cidade onde eu entregaria o carro para outro jornalista avaliar. Distância aproximada: 600 quilômetros. “É, acho que vai dar para me divertir um pouco mais”, pensei.

Mas, São Pedro resolveu me acompanhar na viagem. Choveu, choveu e choveu em quase todo o trajeto. E mesmo debaixo de muuuuuita água, o pequeno Audi provou ser um gigante em estabilidade e segurança.

Quando a chuva deu uma trégua e o piso ficou seco dei minha última acelerada: desta vez o ponteiro encostou e não passou de jeito nenhum dos 210 km/h. Também não dá para fazer o impossível, afinal, segundo o manual do proprietário, a velocidade máxima do A1 é de 203 km/h!

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