Data: 10/04/2015

Peugeot 2008: o melhor de dois mundos

Por: Licináira Barroso

Responda rápido: quanto é 3008 mais 208? Se sua resposta foi 3216 significa que você é muito bom em Matemática, porém, ainda tem muito que aprender no que se refere a automóveis! Agora, se você respondeu 2008, parabéns!

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Sim, o crossover 2008, que acaba de chegar às concessionárias Peugeot de todo o País, oferece a mesma versatilidade de carro de família do irmão maior 3008, com a mesma dirigibilidade do hatch 208.

Com uma distância entre-eixos de 2,54 m (apenas 7,3 cm a menos do que o 3008), o 2008 acomoda bem cinco adultos com bagagem (porta-malas de 355 litros, podendo chegar a 1.172 com os bancos rebatidos).

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Importante destacar que há cintos de três pontas e apoios de cabeça para todos os ocupantes, inclusive para quem viaja no meio do banco traseiro. Infelizmente, o modelo não oferece (ainda) o sistema Isofix para fixação de cadeirinhas infantis.

Em compensação, todas as versões saem de fábrica equipadas com freios a disco nas quatro rodas com ABS e quatro airbags (dois frontais e dois laterais). E a top de linha Griffe ainda conta com airbags de cortina.

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Por falar em versões, veja como ficou a gama 2008:

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Como você pode conferir acima, o 2008 já sai completo de fábrica, desde a versão de entrada. O principal destaque fica por conta da central multimídia com tela colorida de sete polegadas sensível ao toque. Além de contar com as funções já conhecidas – entre elas GPS, Bluetooth, computador de bordo, conexão com iPod, etc – o usuário poderá  acessar as informações da central diretamente na tela do seu smartphone, através de um aplicativo que estará disponível a partir do dia 15 de maio para IOS e Android.

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Como afirmei no início desta matéria, apesar de ser um crossover, o 2008 oferece uma dirigibilidade muito semelhante ao do 208.  A começar pela posição de dirigir. O volante sportdrive, de dimensões reduzidas, e o painel de instrumentos elevado são os mesmos do hatchback.

Em todo o percurso do test drive (de pouco mais de 140 quilômetros) organizado pela Peugeot durante o lançamento oficial do modelo para a imprensa especializada, o comportamento do 2008 (dirigimos a versão Griffe 1.6 THP e a Allure 1.6)  estava mais para um esportivo do que para um utilitário – principalmente nos trechos sinuosos, onde o modelo esbanjou estabilidade, mesmo quando eu abusava um pouco da velocidade.

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Além da direção precisa e da suspensão acertada, o 2008 ganha pontos com seus motores. Os 122 cv do propulsor aspirado dão conta do recado, proporcionando uma condução agradável e segura (pelo menos com o carro vazio, como foi a condição do nosso teste).

Já o motor 1.6 turbinado é perfeito para quem aprecia acelerações mais empolgantes. Ele chega a sobrar. O “T”, do THP, não é apenas de “Turbo”, mas também de “Tudo de bom”. São 173 cv de potência máxima (etanol) e um torque de 24,5 kgfm que, graças ao turbo de alta pressão, chegam cedo, a 1.750 giros, e se mantém numa linha estável. E o câmbio manual de seis marchas, casou muito bem com a motorização, uma vez que oferece engates justos e curtinhos. Uma delícia!

O câmbio manual de cinco velocidades do modelo aspirado é igualmente preciso, embora tenham cursos mais longos. Já a transmissão automática de quatro velocidades não foi disponibilizada para a avaliação dos jornalistas. O que foi mesmo uma pena, já que se trata do crossover automático acessível do segmento e que, por conta disso, a Peugeot acredita que irá representar 70% das vendas do 2008.

Grip Control

A versão que deverá ter menos compradores é a top de linha, a Griffe 1.6 THP. Claro que o motivo é o preço. Mas, apesar de ser a mais cara, é, sem dúvida, a melhor e mais divertida de todas. Além do motor turbinado e do câmbio de seis marchas, o modelo conta com o Grip Control.

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Somado à boa distância do solo de 20 cm, o Grip Control permite ao 2008, que tem apenas tração dianteira, enfrentar diferentes tipos de terrenos. Conforme a aderência da superfície, o sistema decide que roda deve receber mais força. São cinco modos (Normal, Areia, Lama, Neve e Desligado), que podem ser ajustados através de um botão localizado no console central, próximo à alavanca de marcha.

Durante o test drive, passamos por trechos com muita lama. A estrada que era de terra virou um “sabãozinho” depois de uma noite de muita chuva. Com o Grip Control acionado, o crossover proporcionou uma das conduções mais divertidas que já experimentei, principalmente quando eu “abusava” um pouco da velocidade, a traseira escapava e o ESP (controle de estabilidade) entrava em ação, fazendo o carro voltar para a trajetória a tempo.

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Final do teste, chego ao estacionamento do Hotel Campo Bahia, o mesmo que ficou hospedada a seleção da Alemanha (sim, aquela dos 7 x 1). Deixo o crossover totalmente enlameado, e começo a enumerar os prós e contras dessa incrível versão top de linha: 1 – motor turbo mais potente e forte, 2 – controle de estabilidade (ESP), 3 – Hill Assist (que mantem os freios acionados por dois segundos nas partidas em rampas), 4 – Grip Control e, finalmente, 5 – câmbio de seis marchas. O único ponto negativo foi o preço mais salgado se comparado com as demais versões. Resultado: goleada de 5 x 1. Pelo menos, não foi gol da Alemanha…

 

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