Autopista

Lançado em agosto deste ano (leia a matéria em http://autopista.com.br/ford-da-up-ka-olho-lideranca-gol/), o Novo Ka já é um sucesso de vendas. Em apenas três meses, já foram emplacadas cerca de 17 mil unidades dos modelos Ka 1.0 e Ka+ 1.5. Agora, em novembro, para completar a gama, chegam os prometidos Ka 1.5 e Ka+ 1.0.

A convite da Ford, o Autopista foi até a belíssima Fazenda Boa Vista para conhecer os detalhes e, claro, testar os novos modelos nas estradas das regiões de Porto Feliz e Sorocaba, interior de São Paulo.

Começamos nosso teste no Ka 1.5, na versão top de linha, a SEL. Encontrar a melhor posição para dirigir foi tarefa fácil, já que o carro conta com ajuste de altura do volante e do banco do motorista. Também contribui para o conforto e segurança de quem vai na frente, o ajuste de altura do cinto de segurança.

Como era de se esperar, a versão hatch equipada com o propulsor Sigma Flex se comportou como um foguetinho. Os 110 cv de potência (o modelo estava abastecido com etanol) sobraram no compacto que pesa apenas 1.018 quilos.

Dirigir da Fazenda Boa Vista até o Catarina Outlet, pela rodovia Castello Branco, só não foi mais divertido porque havia radares na estrada. Nos poucos “intervalos” sem a fiscalização, consegui acelerar o suficiente para encostar o ponteiro do velocímetro nos 180 km/h – e sem apavorar minha parceira de teste, que sequer percebeu o quanto estávamos velozes!

Contribuíram para a boa dirigibilidade do compacto o acertado conjunto da suspensão, a direção elétrica progressiva e os eficazes freios ABS com distribuição eletrônica de frenagem e controle de frenagem em curvas, além do câmbio manual de cinco marchas, com engates bem precisos.

Pena que a Ford não tem planos – pelo menos por enquanto – de lançar uma versão do modelo com câmbio automatizado. “Para quem procura por um carro com transmissão automática, temos o New Fiesta”, justifica o gerente de Engenharia da Ford, Klaus Mello. O problema é que o New Fiesta automático é quase o dobro do preço do Ka…

Pit Stop! Hora de trocar de carro! A primeira coisa que me veio à cabeça, antes de assumir a direção do Ka+ 1.0 foi: “por que eu fui começar o teste com o modelo mais potente? Agora vou achar o sedan muito fraquinho…”. Então eu dei a partida no Ka+, arranquei e… surpresa! Não é que o carrinho também mostrou-se ágil!

Claro que o sedan com motor 1.5 é melhor, porém, o modelo equipado com motor de três cilindros, de 85 cv de potência também proporciona – pelo  menos estando vazio, com apenas dois ocupantes – uma boa dirigibilidade. E custa R$ 5 mil a menos! Pois é, na família Ka, a diferença de motorização é sempre de R$ 5 mil, e de configuração (sedan e hatch) de R$ 2,5 mil. Veja o quadro abaixo:

Como em toda a gama, o Novo Ka 1.5 e Ka+ 1.0 já saem completos de fábrica, desde a versão de entrada, a SE. Entre os itens de série estão: ar condicionado, direção elétrica, ajuste de altura da coluna de direção, rádio com quatro alto-falantes e Bluetooth, chave canivete, duplo airbag, freios ABS com EBD e CBC, abertura elétrica do porta-malas, vidros elétricos dianteiros e travas elétricas com controle remoto.

A versão intermediária, a SE Plus, inclui vidros elétricos traseiros e o avançado sistema de conectividade SYNC, com rádio, CD e MP3-Player com Bluetooth, controles no volante e comandos de voz para celular e áudio, leitor de SMS e download automático da agenda de telefones. O equipamento também incorpora a Assitência de Emergência, que faz uma chamada automática para o SAMU, em caso de acidente com o acionamento dos airbags ou do corte de combustível. (veja mais detalhes em http://goo.gl/3piRwK).

E, finalmente, a top de linha SEL oferece controle eletrônico de estabilidade e tração (Advance Trac), assistente de partida em rampas, rodas de liga leve de 15 polegadas, faróis de neblina, computador de bordo, alarme volumétrico, ajuste de altura do banco do motorista, entre outros.

Mas, como você deve ter notado, o retrovisor elétrico não é oferecido em nenhum dos catálogos. Pois é, ele é manual, com aquela arcaica “alavanquinha” de ajustar, que exige certo contorcionismo do motorista, principalmente na hora de fazer uma baliza e conferir o meio fio. Bom, pelo menos o equipamento elétrico é vendido como acessório, nas concessionárias da marca, onde também podem ser feitas as instalações da câmera de ré e dos bancos em couro.

MERCADO

Não é de hoje que a Ford vem cobiçando o segmento de carros compactos. Afinal, ele é responsável por nada mais, nada menos do que 60% dos emplacamentos de veículos no Brasil. Veja o gráfico:

E agora, que a montadora da oval azul tem um produto realmente forte, as concorrentes que se cuidem!

* A jornalista viajou a convite da Ford do Brasil