Data: 26/02/2015
Food trucks: conheça os detalhes dos restaurantes móveis que conquistaram os brasileiros
Se você mora em alguma cidade grande do Brasil certamente já deve ter visto ou pelo menos ouvido falar nos food trucks. Mania nos Estados Unidos e Europa, os restaurantes móveis chegaram há pouco tempo por aqui, mas já se tornaram um sucesso de público e sinônimo de boa comida.
Mas engana-se quem pensa que para ter um veículo desses basta colocar um fogão a gás e uma grande geladeira na cinquentona van da família e ganhar as ruas. É preciso que haja um padrão de qualidade que deve ser seguido para atender às normas exigidas de segurança, vigilância sanitária e boas práticas.
No entanto, hoje no Brasil, somente a cidade de São Paulo tem uma lei específica que regula o comércio de comida de rua. No Rio de Janeiro, a prefeitura regulamentou o serviço via decreto, mas a lei ainda não foi aprovada. Já em outras capitais, como Salvador (BA), Belo Horizonte (MG), Curitiba (PR) e Fortaleza (CE), a lei está em tramitação.
BATALHA GASTRONÔMICA
Se a legislação brasileira é lenta, o mesmo não acontece com a aceitação dos food trucks. Já há até reality show, como “Food Truck – A Batalha”, que estreia no próximo dia 2 de março (segunda-feira), às 19h30, no canal de TV a cabo GNT. A cada episódio, duplas se enfrentarão para vender seus pratos ao público nas ruas de São Paulo. O vencedor será o caminhão que vender mais comida – e ainda ficará com todo o dinheiro arrecadado pelos perdedores.
“Por serem equipados como uma cozinha completa com fogão, chapa e fritadeira industriais, forno elétrico, balcão refrigerado e frigorificado, os food trucks atenderam completamente à necessidade do projeto, que era variar chefs de cozinha e cardápio a cada episódio”, destaca Alcides Braga, sócio-diretor da Truckvan, responsável pela produção dos dois restaurantes móveis usados pelo programa para a disputa gastronômica.
O PREÇO DA SEGURANÇA
De fato, os food trucks vieram para ficar. Mas afinal, quanto custa um veículo desses? E como é o seu funcionamento? Como garantir segurança com o uso do gás, eletricidade e água?
Segundo o sócio-diretor da Truckvan, um food truck completo custa em torno de R$ 190 mil e R$ 220 mil. Este custo envolve:
Braga explica que o sistema de abastecimento de gás dos seus food trucks é composto por dois botijões P-13, de 13 kg cada, que trabalham de forma simultânea. “Todo encanamento é metálico, contém registro, válvula de segurança e sensor que detecta qualquer tipo de vazamento. Para isso trabalhamos com projeto de instalação e o mais importante: ART”.
Para quem não conhece, a ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) assegura à sociedade que essas atividades técnicas são realizadas por um profissional habilitado. “Neste sentido, a ART tem uma nítida função de defesa da sociedade, proporcionando também segurança técnica e jurídica para quem contrata e para quem é contratado”, completa Braga.
No que diz respeito à eletricidade, todos os food trucks da Truckvan possuem distribuição elétrica com quadro geral, disjuntores e circuitos dimensionados de acordo com a potência de cada equipamento interno. “A fonte de energia deve ser externa e nossos produtos possuem cabo elétrico de 25 metros com tomada para plugar nos locais de trabalho/operação”, lembra o sócio-diretor.
Já com relação à água, Braga conta que o sistema hidráulico dos restaurantes móveis é formado por duas caixas d’agua de aço inox, engate rápido para mangueiras e bomba automática para atender tudo isso. A capacidade varia de 80 a 100 litros, dependendo do chassi do veículo.