Autopista

Deus e a Volkswagen finalmente ouviram as preces dos fãs brasileiros do Golf! Depois de anos convivendo com a quarta geração do modelo e assistindo de longe o lançamento da quinta e da sexta na Europa, o Brasil finalmente receberá o Golf geração 7, a princípio importando da Alemanha, com previsão de passar a ser fabricado em São José dos Pinhais (PR) a partir de 2015.

Lançada na Europa em agosto do ano passado, a sétima geração do Golf começa a ser comercializado no Brasil a partir deste mês, oferecendo o que há de mais moderno em segurança, conforto e dirigibilidade.

Só para você sentir o gostinho – e começar a babar – o hatchback já vem de série, desde a versão de entrada, equipado com sete airbags, freios com sistema Multicollision Brake, ABS e EBD, bloqueio eletrônico do diferencial EDS e XDS, controle eletrônico de estabilidade ESC, controle de tração ASR, sistema Start-Stop (desligamento automático do motor-trânsito), sensores de estacionamento dianteiro e traseiro Park Pilot e freio de estacionamento eletrônico com função Auto Hold.

Pensa que acabou? Que nada! O modelo ainda sai de fábrica equipado com ar condicionado digital de duas zonas “Climatronic”, sistema de mídia com rádio CD player, tela colorida de 5,8 polegadas touchscreen e com sensor de aproximação, Bluetooth, direção eletromecânica, piloto automático, sensores de chuva e crepuscular, alerta de pressão dos pneus, espelhos retrovisores eletricamente ajustáveis e rebatíveis, faróis e lanternas de neblina, rodas de liga leve aro 16 modelo “Dover” com pneus 205/55 R16, entre outros.

E tudo isso na versão de entrada, a Highline, que vem equipada com transmissão manual de 6 marchas e motor turbinado de 1,4 litro que desenvolve 140 cv (na faixa de 4.500 a 6.000 rpm) de potência, com torque (força) máximo de 25,5 kgfm (entre 1.500 e 3.500 giros). Na prática, tudo isso se traduz em uma aceleração de 0 a 100 km/h em 8,4 segundos e velocidade máxima de 212 km/h.

Agora vem a melhor parte, o preço! Com tudo o que citamos até agora, tudo mesmo, o Volkswagen Golf Highline 1.4 TSI BlueMotion tem preço sugerido de R$ 67.990,00 — e olha que estamos nos referindo a um modelo importado da Alemanha!

Os opcionais desta versão de entrada são a transmissão automática DSG de 7 velocidades com função Tiptronic (R$ 7.000,00), o teto solar elétrico panorâmico (R$ 4.500,00) e as rodas de liga leve aro 17 modelo “Geneva” com pneus 225/45 R17 (R$ 950,00).

Há ainda três pacotes que deixam o Golf Highline ainda mais completo — e caro, claro. São eles: Elegance, Exclusive e Premium. Confira abaixo como ficou a gama do Volkswagen Golf Highline 1.4 TSI BlueMotion:

O MITO GTI

Mas fã que é fã mesmo vai precisar de um babador maior para continuar acompanhando esta matéria, pois o assunto agora é a versão mais apimentada e mitológica do Golf: a GTI. Sim! Ela também será comercializada no Brasil e com preços bem competitivos: a partir de R$ 94.990,00! Veja abaixo a gama que será comercializada no Brasil do Golf GTI:

Equipado com o propulsor 2.0 TSI (turboalimentado e com injeção direta) – que rende 220 cv (entre 4.500 e 6.200 rpm) de potência e tem torque máximo de 35,7 kgfm (entre 1.500 e 4.400 giros) – e câmbio automático de dupla embreagem DSG de seis marchas com Tiptronic, o novo Golf GTI se destaca pelo alto desempenho: 0 a 100 km/h em 6,5 segundos e velocidade máxima de 244 km/h.

PRIMEIRAS IMPRESSÕES

Para que os jornalistas pudessem interagir com tudo o que o novo Golf oferece de melhor, a Volkswagen do Brasil organizou um test drive incrível na Alemanha, com direito não apenas de acelerar em trechos sem limite de velocidade na Autobahn, como também de testar o carro nas pistas de testes de um dos centros de treinamento da ADAC (Automóvel Clube da Alemanha).

Comecei o test drive assumindo a direção de um Golf Highline 1.4 TSI BlueMotion com transmissão automática, top de linha. Assim que entrei no carro, tive a sensação de estar a bordo do novo Audi A3, que utiliza a mesma plataforma MQB, não apenas pelo espaço generoso, como também pela qualidade dos materiais empregados.

Sem tirar as chaves do bolso, acionei a tecla Start e a tela de 8″ do console central me deu as boas vindas com a logo da Volkswagen — sim, eu estava mesmo em um Golf, agora tão rico quanto o primo das quatro argolas.

Com o navegador já programado para meu destino, a ADAC próxima à cidade de Linthe, ganhei as ruas de Berlim, sempre seguindo as orientações verbais da educada portuguesa do GPS, que sempre pedia “por favor” antes de me mandar fazer uma conversão ou “abandonar uma retunda” (deixar uma rotatória). É bom destacar que, além do comando de voz, o navegador do Golf oferece fácil leitura, seja através da telona de 8″, seja através de um visor no painel de instrumentos, entre o velocímetro e o conta-giros.

Autobahn se aproximando, hora de testar mais uma novidade do novo Golf: a seleção de perfil de condução. Aproximei meus dedos da tela touchscreen e antes mesmo de tocá-la o display passou para o modo operacional. Uau, e não é que o sensor de aproximação funciona mesmo! Sem muita dificuldade, selecionei o modo de condução Sport, e, imediatamente, senti o hatch mais firme e no chão. Pisei fundo no acelerador e o turbocompressor acordou cantando a mais linda das canções: vruuuuuuuuummmm… 110, 120, 160 km/h! “Caramba, eu estou mesmo na versão 1.4?”, pensei. Sim, eu estava. E não via a hora de assumir o comando da GTI!!!

HORA DE APRENDER

E lá estava ele, lindo, imponente, me esperando para mais um exercício no Centro de Treinamento da ADAC. Claro que estou me referindo ao alemão mais charmoso que conheci nesta viagem à Alemanha, o Golf GTI! — você não pensou que fosse outra coisa, pensou?

Pois bem, ajustei o banco e o cinto de segurança conforme o instrutor da ADAC me ensinou e arranquei com vontade para começar a me familiarizar com o propulsor 2.0 TSI e também com a pista desenhada com cones para o exercício em questão: uma prova de velocidade. Venceria quem percorresse as três voltas em menor tempo. Estava para mim!

Posicionei o câmbio no modo Sport e aguardei o comando do instrutor: “3, 2, 1, go!” Pisei fundo no acelerador e imediatamente minhas costas colaram no banco, fazendo meus óculos de sol, que estavam na cabeça como um arco de cabelo voarem para o banco de trás. Ops, curva à frente! “Não vai dar, vou atropelar os cones!”, gritei.

Girei o volante e para minha surpresa o Golf GTI fez o trajeto com perfeição, sem derrubar nenhum cone sequer. Não sabia que era tão boa pilota… Na verdade, fiquei devendo essa ao bloqueio eletrônico do diferencial, ao controle eletrônico de estabilidade, ao controle de tração, ao freio ABS e demais recursos do Golf que atuaram com precisão, mantendo a minha trajetória.

Reta à frente, hora de ganhar velocidade! E o acelerador respondia de imediato às minhas investidas! Uau! Três voltas passaram voando! Na verdade, o Golf GTI quase levantou voo! Que automóvel! Fim da brincadeira, fiquei em segundo lugar na competição, praticamente um empate técnico como primeiro… Na verdade eram apenas dois competidores… Mas, enfim, valeu demais a diversão!

Ainda no centro de treinamento da ADAC, pude comprovar a eficiência de sistemas como a frenagem automática de emergência, o controle de velocidade adaptativo, entre outros sistemas de segurança oferecidos no novo Golf, em pistas secas, molhadas e até pisos que simulavam neve. Só não foi possível testar os airbags (felizmente) e o Dynamic Light Assist (um interessante sistema que mascara o facho dos faróis bixenônio com lâmpadas de curva dinâmicas nas áreas em que considera que podem pertubar outros usuários da via).

Depois de algumas horas de muito divertimento e aprendizado, chegava a hora de voltar para Berlim para redigir esta matéria. Mas não sem antes pegar meu certificado de participação do Volkswagen Driving Experience! Obrigada Volkswagen do Brasil! Valeu demais!

* A jornalista viajou a convite da Volkswagen do Brasil