Data: 03/08/2017

Kwid, a mais nova aposta da Renault

Por: Licináira Barroso, de São Paulo*

Não, não foi pegadinha! O Kwid, novo compacto da Renault, realmente chegou às concessionárias Renault de todo o país, custando R$ 29.990,00 em sua versão de entrada, a Life. As demais versões, Zen e Intense, têm preço sugerido de R$ 35.390,00 e R$ 39.990,00, respectivamente.

Apesar de ser bem “peladinha”, a versão Life sai de fábrica equipada com quatro (isso mesmo, quatro!) airbags (dois frontais e dois laterais), dois Isofix, predisposição para rádio, indicadores de troca de marcha e de condução, para-choques na cor da carroceria, rodas de aço aro 14, além dos obrigatórios freios ABS.

A versão Zen é um pouco mais “recheada”. Itens como direção hidráulica, ar-condicionado, travas e vidros dianteiros elétricos e rádio com Bluetooth são de série nessa versão intermediária, que deve ser a mais vendida, por conta da melhor relação custo-benefício.

Já a top de linha Intense, vem com todos os itens de série da Zen mais retrovisores elétricos, faróis de neblina cromados, Media NAV 2.0 com câmera de ré, abertura elétrica do porta-malas, rodas Flexwhell (parece roda de liga, mas é calota mesmo, viu?) e chave dobrável. Além de diferentes detalhes de acabamento externo e interno.

Como você pode conferir na foto acima e na próxima abaixo, a versão Life tem o acabamento mais simplório, enquanto a Zen é mais despojada e a Intense tenta passar um ar de requinte. Mas só tenta. Apesar do detalhe em Black Piano na moldura do Midia Nav, e do volante com detalhe cromado, o material plástico predomina.

No quesito segurança, os bancos traseiros ganham pontos com a presença do Isofix, que proporciona uma fixação mais segura das cadeirinhas infantis – para a alegria dos papais e mamães de plantão –, mas (tinha que ter um mas!), perde ponto por oferecer o terceiro encosto de cabeça em apenas uma versão! Claro, a top de linha.

Um dos “segredinhos” do baixo custo do Kwid está na otimização dos componentes elétricos. Todos os comandos estão no painel frontal, até mesmo a abertura dos vidros dianteiros.

BOM ESPAÇO INTERNO… PARA UM COMPACTO, CLARO

A Renault definiu o Kwid como um SUV compacto urbano. Bom, o título de SUV é por conta da altura do solo (180 mm) e dos ângulos de entrada (24°) e de saída (40°). Agora, é um compacto mesmo. Ele tem 3.680 mm de comprimento (sendo 2.423 mm de entre-eixos), por 1.579 mm de largura (sem os retrovisores) e 1.474 mm de altura.

Quatro adultos viajam com certo conforto – cinco adultos, sem nenhum conforto e ainda por cima, nenhum deve estar com o desodorante vencido! O porta-malas também é razoável para um compacto: 290 litros (o mesmo do já arcaico Fiat Uno). Com o banco rebatido, o volume chega a 1.100 litros.

DESEMPENHO

O Kwid traz o moderno motor 1.0 SCe (Smart Control Efficiency) com três cilindros, 12 válvulas, duplo comando de válvulas (DOHC) e bloco em alumínio. O modelo também estreia a transmissão manual de cinco marchas SG1, que é mais leve e eficiente. A corrente de distribuição no lugar da correia proporciona um baixo custo de manutenção, menos de um R$ 1,00 por dia.

Com apenas 758 kg, o Kwid oferece a melhor relação peso/potência, para uma dirigibilidade ágil, com ótimas respostas. Com etanol no tanque, rende 70 cv de potência a 5.500 rpm e torque de 9,8 kgfm a 4.250 rpm. Com gasolina, são 66 cv a 5.500 rpm e 9,4 kgfm a 4.250 rpm.

Durante a apresentação do Kwid para a imprensa especializada, avaliamos rapidamente uma unidade da versão Intense pelas ruas de São Paulo e também em uma pista preparada dentro do Sambódromo. O que mais nos chamou a atenção foi a dirigibilidade. A direção é bem leve e, ao mesmo tempo, precisa. O motor respondeu com prontidão aos comandos do pé no acelerador. E a frenagem também não decepcionou. (veja o vídeo feito pelo nosso colega Tarcísio Dias, do Mecânica on Line, comigo em https://youtu.be/didGBVm55ao).

CONSUMO

Segundo dados da Renault, o Kwid faz, na cidade, 14,9 km/l com gasolina e 10,3 km/l com etanol. Na estrada, 15,6 km/l com gasolina e 10,8 km/l com etanol. E no uso misto, os números são 15,2 km/l com gasolina e 10,5 km/l com etanol.

Um item importante dá uma ajuda extra para o motorista conseguir ainda mais economia ao rodar. Além do indicador de troca de marchas (GSI) no quadro de instrumentos, de série em todas em as versões, o Kwid traz um indicador de estilo de condução, também no quadro de instrumentos abaixo do velocímetro, que por meio de uma barra com três cores (verde, amarelo e laranja) mostra se o motorista está tendo uma maior eficiência ou não.

Na versão Intense com o Pack Connect, existe ainda os programas Eco Scoring e Eco Coaching na central multimídia Media NAV e avalia por meio de pontuação, dando sugestões para uma forma de condução mais econômica.

A direção elétrica, além de facilitar as manobras, ajuda a reduzir o consumo e as emissões, já que exige menos o motor do que os sistemas hidráulicos. É item de série nas versões Zen e Intense.

PROJETO PIONEIRO

Produzido no Complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais (PR), o Kwid utiliza a nova plataforma mundial da Aliança Renault-Nissan, CMF-A, que é moderna e adaptável para atender às especificidades de uso e de legislação de cada país.

Desenvolvido pelo Renault Tecnologia Américas (RTA), um dos centros estratégicos da marca na América Latina, em parceria com o Renault Technocentre (França), o Kwid brasileiro tem 80% do seu conteúdo composto por peças novas, desde a estrutura e características mecânicas, passando por equipamentos de conforto, conectividade e segurança.

Com mais de 200 mil horas de desenvolvimento, 35 crash-tests e 1 milhão de quilômetros de rodagem de validação em diferentes condições de uso, o Kwid contou com uma equipe de 290 pessoas inteiramente dedicada ao seu desenvolvimento no Brasil.

*A jornalista viajou a convite da Renault do Brasil

Galeria de Fotos

Compartilhe

Deixe o seu comentário