Data: 12/11/2016

Salão de São Paulo 2016: deu suv na cabeça outra vez!

Por: Amintas Vidal

susvs_na_cabecaComo já havíamos antecipado, o 29º Salão Internacional do Automóvel de São Paulo está sendo como o anterior, SUVs para todos os lados, mas este ano, até as montadoras Premium caíram na lama, ou melhor, lançaram “Jeeps” que muito provavelmente jamais sujarão os pneus de terra. Desde o Renault Kwid, um sub compacto “altinho” com volumes típicos dos SUVs, até o imponente Maserati Levante, um superesportivo que enche os olhos de qualquer pessoa, existem opções para todos os gostos e bolsos.  Esta fauna “rural” foi apresentada como conceitos, como carros prontos por fora, mas com o interior não revelado e aqueles que já estão em produção e chegarão às lojas ainda este ano ou no começo do próximo. A seguir, listamos os SUVs que irão mexer com o mercado nos próximos dois anos.

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O Honda WR-V que irá se posicionar entre o Fit e o HR-V é, na verdade, o próprio Fit com novos para-lamas, para-choques, faróis, lanternas e tampa traseira. Com essas modificações ele ficou com a frente mais alta e agressiva, manteve as portas, vidros e capota e se diferenciou do irmão na traseira ao ganhar novo conjunto ótico horizontal com lanternas que lembram as do Novo Civic. Além disso, ele ganhou novas rodas, suspensão elevada e as famosas molduras nas caixas de rodas e na base das portas. No Salão de São Paulo de 2014 a Honda mostrou o HR-V apenas por fora e deixou para revelar interior e preços só no lançamento, com o WR-V não foi diferente. Diversos modelos de SUVs que veremos a seguir também não tiveram preços revelados, uma prática comum para manter a curiosidade do mercado no produto até que ele chegue às concessionárias. As especificações mecânicas provavelmente serão as mesmas do Fit e, se as versões e design interno também serão os mesmos, só saberemos no lançamento.

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O Hyndai Creta já era conhecido, pois já está a venda em outros mercados. Sobre modelo que será feito no Brasil faltava conhecer detalhes da dianteira, como o formato dos faróis de neblina e a grade, assim como o acabamento interno. Ao vivo ele é maior que aparenta nas fotos e seu interior mais espaçoso que concorrentes diretos como o HR-V e o Jeep Ranegade. Isso se explica pois, ele foi construído sobre a plataforma do médio-compacto Elantra e não sobre a do compacto HB20. Os motores serão um 2.0  e um 1.6, todos estreantes, com 16V e comando variável das válvulas de escape e admissão. Opção de câmbio automático de 6 marchas para ambos e manual apenas para o 1.6. Entre diversos equipamentos, destaque para chave presencial e acionamento da ignição por botão, controles de tração e estabilidade, 6 airbags, sistema start-stop, entre outros.

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Sob o conceito  “New Generation is coming”, a Chery lançou sua nova identidade em design que é o resultado obtido pelo “Dream Team” da Chery International, composto por renomados profissionais como Hakan Saracoglu, James Hope e Sergio Loureiro, com experiências em montadoras como Porsche, Fiat, Ford, Mercedes-Benz, Daimler Chrysler e GM. O Tiggo 2, que é um dos estreantes desta nova fase, juntamente com o sedan Arrizo 5, será o terceiro produto da marca fabricado no  Brasil. Ele é equipado com motor 1.5 VVT associado ao câmbio manual de cinco marchas e, futuramente, haverá versões com câmbio automático. Ele será equipado com airbags laterais e frontais, freios ABS com EBD, controle de estabilidade (ESP), direção hidráulica, ar-condicionado, trio elétrico, teto solar, sistema Chery I-Connect, sensor de estacionamento, entre outros.

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O Toyota C-HR já é um carro em produção na Europa e concorre com o Honda HR-V, entre outros SUVs compactos. Apesar de esperado ansiosamente no Brasil para disputar mercado com o Jeep Renegade, o Nissan Kicks e o já mencionado HR-V, a marca japonesa trouxe apenas o carro-conceito que lhe deu origem. Isso indica que provavelmente ele só chegue por aqui em 2018 e não ano que vem. Não sabemos qual será seu conjunto mecânico, mas por dividir a mesma plataforma com o hibrido Prius, existe a chance de termos por aqui a versão com dois motores, assim como ofertado na Europa.

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O Jeep Compass já teve dois lançamentos para a imprensa, mas ainda é desconhecido pela maioria das pessoas. Baseado na plataforma da picape Fiat Toro, ele é mais refinado que o Ranegade, mais espaçoso e está em uma faixa de preço intermediária entre ele e o Cherokke.  Seu design , entretanto, é muito semelhante ao Jeep de topo de linha, o Gran Cherokke. Seu conjunto mecânico turbodiesel é o mesmo do Renegade, 2.0L Multijet II 16V  de 170 CV e 35,7 Kgmf de torque e equipa as versões 4×4 acoplado a um câmbio automático de 9 velocidades. O 2.0 Tigershark Flex de 166 cv e 20,4 kgfm de torque é inédito e equipa versões 4×2 com tração dianteirae câmbio automático de 6 velocidades.

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O Renault Kwid era um dos carros mais esperados do Salão e foi apresentado como um modelos de produção, só que preparado com uma indumentária denominada “outsider” . Substituto do Clio, este sub-compacto é um legítimo filho da onda SUV que inundou o planeta. Os utilitários esportivos surgiram como  carros de luxo com aptidões para o off-road e, aos poucos, foram invadindo todos os segmentos de carro, tanto para cima como para baixo. Este será o “SUV” mais barato do Brasil e receberá um motor 1.0 de três cilindros e 4 airbags em todas as suas versões. A Renault também apresentou o Captur (na foto abaixo), um SUV baseado na plataforma do Duster Oroc que disputará o mercado com o Honda HR-V e o Jeep Renegade. Ele já está em produção na fábrica da montadora e chagará ao mercado  antes do Kwid.

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Carro conceito apresentado pela primeira vez no Salão de Paris, há um mês, o BMW X2 é um SUV que representa uma tendência do segmento Premium: o SUV compacto coupê de 4 portas. Tradicionalmente o setor Premium se diferencia dos demais por sua qualidade superior em design, acabamento e mecânica, mas a esportividade dos seus modelos é o que faz sonhar os admiradores. Contudo, essas marcas têm projetado SUVs o mais esportivos possível e o coupê é o máximo desta expressão. O X2 será vendido no Brasil e, provavelmente, montado na fábrica de Araquari (SC), mas só em 2018.

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O Audi h-tron quattro, que futuramente poderá emprestar seu design para um possível Q6, é a prova final que os SUVs estarão entre nós por muitos anos ainda. O conceito é um verdadeiro laboratório de tecnologias de propulsão do futuro. Ele combina um poderoso conjunto de baterias e outro de células de hidrogênio que juntos alimentam dois motores, um de 122 cv no eixo da frente e outro de 190 cv no eixo de trás. Todo este conjunto resulta em uma autonomia de 600 km, as células de hidrogênio podem ser abastecidas em 4 minutos e o desempenho é de esportivo: o a 100Km/h em menos de 7 segundos e velocidade máxima de 200 km/h.

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No topo da “cadeia alimentar ” dos automóveis estão as marcas que, exclusivamente,  produzem superesportivos. A mais icônica delas é a Ferrari, que é seguida de perto pela Lamborghini e Porsche. Correndo por fora temos a Maserati e a Jaguar que produzem sedans com desempenho de superesportivos e acabamento mais sofisticado que as marcas Premiuns. Do trio de predadores, a Porsche foi a primeira marca que se rendeu aos SUVs. Depois a Lamborghini ensaiou, mas não concretizou o seu modelo Urus. Já o pessoal da Ferrari jura de pés juntos que jamais irá aderi à esta moda. No degrau logo abaixo,  a Jaguar lançou este ano, inclusive no Brasil, o F-Pace, seu SUV médio.  A Maserati também não resistiu aos encantos do fora de estrada e lançou o Levante, primeiro SUV da marca em 102 anos de história. São duas versões, Luxury e Sport, e dois motores V6 bi-turbo preparados pela Ferrari, um  de 350 e o mais forte com 430cv. Os preços vão de 640 a 740 mil reais.

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