Data: 05/11/2013

Novo Logan: O patinho feio virou um Alan Delon!

Por: LICINÁIRA BARROSO, de São Paulo*

Lançado no Brasil em 2007, o Renault Logan nunca arrancou suspiros por sua beleza, mas roubou a cena (e os clientes das marcas concorrentes) por ser um compacto que oferecia excelente espaço interno, baixo custo de manutenção e três anos de garantia. Agora, em sua nova geração, o sedan manteve as mesmas qualidades que o consagraram, porém, com melhorias significativas no acabamento, na segurança, no conforto e, claro, no design!

“A Renault conseguiu transformar o Gerard Depardieu em um Alain Delon!”, comentou, durante a coletiva de imprensa, um grande jornalista da área automotiva, ao comparar as duas gerações do Logan. De fato, o design do sedan ficou bem mais atraente. Talvez não tão quanto o galã francês. Mas, pelo menos, ele deixou de ser feio.

As linhas retas e simplórias do antigo Logan foram trocadas por curvas e vincos distribuídos harmoniosamente pela carroceria. Resultado: ficou mais sofisticado, seguindo, inclusive, a nova identidade visual da Renault (veja as fotos comparativas no final da matéria).

São novos:
– os para-choques (mais encorpados e envolvente);
– o capô (com dois frisos que descem em direção a cada um dos faróis);
– o conjunto óptico (com duplos refletores e luzes indicativas de direção na mesma peça);
– a grade frontal (onde o símbolo da Renault ganhou mais evidência);
– os retrovisores externos (com novo desenho e, na versão Dynamique, com luzes indicativas de direção incorporadas);
– as lanternas traseiras (que avançam sobre as laterais com elementos geométricos);
– a tampa do porta-malas (caracterizada por um vinco na horizontal que dá a impressão de tratar-se de um aerofólio);
– suporte de abertura do capô (agora com amortecedor);
– localização do estepe (mais afastado do para-choque traseiro, para melhor absorção de impacto em caso de colisão traseira);
– Além de maçanetas, tampa do tanque de combustível, fechadura do porta-malas, terceira luz de ré, janelas traseiras, rodas, entre outros.

Mas as mudanças não foram apenas no exterior. Ao entrar no carro, também fica difícil de acreditar que estamos a bordo de um Logan. Além dos materiais de melhor qualidade e texturas mais agradáveis ao toque, o interior ganhou ares de sofisticação com linhas mais modernas e ergonômicas. O ajuste elétrico dos retrovisores externos, por exemplo, agora estão localizados no painel, do lado esquerdo do volante, e não mais atrás da alavanca de câmbio, como antes.

O volante ganhou uma empunhadura mais anatômica e o quadro de instrumentos agora traz iluminação na cor branca (de melhor visualização) e conta com três mostradores redondos (conta-giros e velocímetro analógicos e um mostrador digital com indicador do nível de combustível, temperatura do líquido de arrefecimento e computador de bordo multifunções).

O console central ficou mais moderno e seus instrumentos (como ar-condicionado e som) mais próximos ao volante, ou seja, mais à mão do motorista. Uma das novidades (opcional) é o sistema Media NAV 1.2 com tela touch screen de 7″ integrada ao painel com as funções GPS, Bluetooth e rádio, além de duas inéditas funções: Eco-Scoring e Eco-Coaching.

A primeira avalia a condução do motorista ao final de um percurso, levando em conta o momento certo para a troca de marchas, a regularidade da velocidade, o consumo e a quilometragem percorrida. Junto com o Eco-Scoring, está o Eco-Coaching, que dá uma série de dicas para o condutor dirigir de modo mais econômico e ecológico.

Mesmo mantendo a mesma — e boa — distância entre-eixos (2,63 m), o novo sedan ficou ainda mais confortável graças aos novos bancos, sendo, na versão Dynamique, confeccionados com a tecnologia CCT (Cover Carving Technology), que apresenta espumas mais espessas entre 5 mm e 20 mm, com formato que “abraça” o corpo, garantindo mais conforto e ergonomia.

E as melhorias não param por aí: agora tanto o porta-malas quando a tampa do tanque de combustível podem ser abertos internamente; o suporte de abertura do capô ganhou amortecedor; o número de porta-objetos aumentou de oito para 11 e o banco rebatível tornou-se de série na maioria das configurações.

Por falar em versões, o Novo Renault Logan chega ao mercado em três versões de acabamento e duas de motorização. São elas:

VERSÃO PREÇO ITENS DE SÉRIE
 

 

 

Authentique 1.0 16V Hi-Power

 

 

 

R$ 28.990,00

Airbag duplo, ABS, EBD (distribuição eletrônica da força de frenagem), brake light, rodas 15??, retrovisor na cor preta, maçanetas externas na cor preta, retrovisor com regulagem interna, para-sol com espelho cortesia,aberturas internas do porta-malas e reservatório de combustível.Principais opcionais: direção hidráulica e ar-condicionado.

 

Expression 1.0 16V Hi-Power

 

 

 

R$ 33.390,00

Os mesmos equipamentos da versão Authentique mais direção hidráulica, rádio CD MP3 2 DIN + USB + Bluetooth, vidros elétricos dianteiros, travas elétricas das portas, alarme perimétrico, computador de bordo, banco traseiro rebatível 1/1, ar quente, desembaçador traseiro, retrovisor na cor carroceria, maçanetas externas na cor carroceria, coluna B com acabamento em preto.Principais opcionais: ar-condicionado, Media NAV 1.2 e sensor de estacionamento
Expression 1.6 8V Hi-Power R$ 39.440,00 Os mesmos equipamentos da versão Expression 1.0 mais ar-condicionadoPrincipais opcionais: Media NAV 1.2 e sensor de estacionamento

Dynamique 1.6 8V Hi-Power

R$ 42.100,00

Os mesmos equipamentos da versão Expression mais bancos com tecnologia CCT, rodas 15?? em liga leve, faróis de neblina, vidros elétricos traseiros, piloto automático, limitador de velocidade, luzes indicadoras de direção nos retrovisores, comando elétrico dos retrovisores, banco rebatível 1/3 e 2/3 e volante revestido em couro.Principais opcionais: Media NAV 1.2, sensor de temperatura externa, ar-condicionado automático e sensor de estacionamento.

MOTORES NOTA A

O Novo Logan é o único da categoria a contar com propulsor de quatro válvulas por cilindro. Presente nas versões Authentique e Expression, o motor 1.0 16V Hi-Power, traz uma série de inovações mecânicas. São 71 peças novas, como os pistões adequados para a nova taxa de compressão, que passou de 10:1 para 12:1, bomba de óleo, bielas e junta do cabeçote.

O propulsor 1.0 16V Hi-Power desenvolve 80 cv (com etanol no tanque) e 77 cv (abastecido com gasolina), sempre a 5.750 rpm. São 10,5 kgfm (etanol) e 10,2 kgfm de torque máximo a 4.250 rpm (gasolina). No ciclo urbano, faz 8,1 km/l (etanol) e 11,9 km/l (gasolina). E na estrada, a média de consumo fica em 9,2 km/l (gasolina) e 13,4 km/l (etanol).

Com esses resultados o Novo Logan atingiu a nota “A” no Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular. Coordenado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), o programa permite que os consumidores conheçam a eficiência energética dos carros comercializados no Brasil, por meio de etiqueta afixada nos veículos.

O Novo Logan é equipado com indicador de troca de marcha, um dispositivo no painel que mostra o momento em que o condutor deve reduzir ou aumentar a marcha, levando-se em conta sempre a economia de combustível e o estilo de condução de cada motorista.

A segunda opção de motor disponível no Novo Logan é o 1.6 8V Hi-Power. São 106 cv quando abastecido com etanol e 98 cv quando abastecido com gasolina. Em relação ao torque são 15,5 kgfm com etanol e 14,5 kgfm com gasolina.

Vale ressaltar que cerca de 85% do torque já estão disponíveis a 1.500 rotações, o que significa para o consumidor arrancadas e retomadas mais ágeis, diferença que pode ser sentida no trânsito urbano e também em estrada, numa ultrapassagem, por exemplo.

PRIMEIRAS IMPRESSÕES

Durante a apresentação do Novo Logan para a imprensa especializada, em São Paulo, tivemos a oportunidade de fazer um rápido teste drive nas versões Expression (equipada com o novo propulsor 1.0 16V Hi-Power e todos os opcionais) e na top de linha Dynamique 1.6, também completíssima.

Além da sensação de estar a bordo de um carro de categoria superior ao antigo Logan, não há como negar que o novo sedan ficou mais ergonômico e gostoso de dirigir. A suspensão, por exemplo, melhorou da água para o vinho. O rodar agora é suave, chegando a lembrar o conforto que era oferecido pelo Symbol, que saiu de linha no início deste ano.

A ergonomia também merece destaque, com os comandos mais à mão (botões do sistema de climatização ficaram numa posição mais elevada no console central) e de fácil leitura (principalmente por conta da nova iluminação em branco do painel de instrumentos). Os bancos agora abraçam os ocupantes, que não mais escorregam na hora de uma curva mais fechada.

Mas nem tudo é um mar de rosas. O câmbio continua com engates imprecisos e longos e o motorzinho 1.0, apesar das melhorias, ainda não surpreende, ficando aquém de concorrentes como o três cilindros da Volkswagen, que é mais potente e econômico. Pelo menos, o isolamento do ruído do motor foi bem trabalhado.

* A jornalista viajou a convite da Renault do Brasil

Galeria de Fotos

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